História da Escola
O primeiro ano em que funcionou a Escola da Praça de Goa foi em 1959. Ao lado apresenta-se uma fotografia de uma turma da 3ª Classe, da professora Maria Amélia. A escola era destinada aos dois sexos mas, como impunha o sistema de ensino de então, separadamente. Assim, um dos edifícios de oito salas era para as meninas, enquanto que o outro era para os meninos. Os refeitórios e os espaços exteriores são dois e encontram-se separados, por esse motivo também. Hoje em dia, são utilizados para separar os alunos do Jardim de Infância e a Escola Básica. Para contar um pouco da história deste edifício, recorreu-se a material da tese de doutoramento "Bairro(s) do Restelo - Panorama Urbanístico e Arquitectónico" de Patricia d'Almeida [1].
A localização do originalmente intitulado Grupo Escolar da Praça de Goa foi concebida pelo arquitecto-urbanista Faria da Costa, integrado numa encomenda do projecto do bairro de casas económicas do Restelo, datado de 1947. Apesar de o bairro ter sido inaugurado em 1952, este equipamento foi concluido mais tarde, tal como o Cinema e Café Restelo e o Clube de Futebol "Os Belenenses". Embora localizado num dos extremos do bairro da Ajuda, está ainda dentro do limite estabelecido para o máximo a percorrer pelas crianças que o vão utilizar (afixado em 500 metros) no interior de uma célula habitacional, longe dos arruamentos mais importantes e atendendo à distância que uma criança pode percorrer a pé para chegar à sua escola.
O Grupo Escolar da Praça de Goa foi encomendado em 1954 pela Camara Municipal de Lisboa ao arquitecto Carlos Rebelo de Andrade (1887-1971), galardoado em 1939 com o Prémio Valmor. O grupo Escolar foi projectado abandonando uma arquitectura nacionalista para seguir princípios do Movimento Moderno. |
Destinado a ambos os sexos mas, como impunha o sistema de ensino de então, separadamente, este pequeno grupo escolar, é constituído por quatro edifícios distintos: sexo masculino, sexo feminino, cantina e casa do guarda. Os volumes destinados a receber as 8 salas de aula abertas para sul, são semelhantes e apresentam-se com dois pisos, sendo que o programa contempla ainda sala de professores com respectivas instalações sanitárias, instalações sanitárias para o pessoal da limpeza e arrecadações. A cantina, com um só piso, recebe dois refeitórios (meninos e meninas) e faz a ligação (por duas passagens cobertas) aos edifícios das salas de aula. Assim, o recreio descoberto destinado às meninas encontra-se delimitado entre os dois corpos das salas de aula e os refeitórios, e o recreio dos meninos, no terreno livre a sul.
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Os refeitórios apresentam um excelente trabalho de cerâmica efectuado pelo ceramista Jorge Barradas em 1959, existindo igualmente um conjunto de faianças policromadas nas escadarias da escola de sua autoria.
Como referiu o engenheiro João Manuel Cabral Vargas na memória descritiva do projecto, a protecção solar para as salas de aula foi concebida por um moderno sistema de lamelas móveis em torno de um eixo horizontal, assentes em vários prumos metálicos, onde está introduzido o sistema mecânico que é accionado pelo interior das salas de aula.
O jardim da Praça de Goa, datado de 1951, foi desenhado pelo arquitecto-paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, cuja proposta visa valorizar a plantação de relvados no interior das praças envolvendo-a em parte por maciços arbóreos e plantas de pequeno porte para protecção destes espaços públicos que se pretende que opere como local de lazer.
Como referiu o engenheiro João Manuel Cabral Vargas na memória descritiva do projecto, a protecção solar para as salas de aula foi concebida por um moderno sistema de lamelas móveis em torno de um eixo horizontal, assentes em vários prumos metálicos, onde está introduzido o sistema mecânico que é accionado pelo interior das salas de aula.
O jardim da Praça de Goa, datado de 1951, foi desenhado pelo arquitecto-paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, cuja proposta visa valorizar a plantação de relvados no interior das praças envolvendo-a em parte por maciços arbóreos e plantas de pequeno porte para protecção destes espaços públicos que se pretende que opere como local de lazer.
[1]: Patrícia Beirão da Veiga Bento d’Almeida, Bairro(s) do Restelo - Panorama Urbanístico e Arquitectónico, tese de doutoramento, Faculdade de Ciencias Sociais e Humanas, Nov. 2013 (http://run.unl.pt/handle/10362/10823).